PIB do Ceará cresce 4,2% no primeiro semestre e supera média nacional

O Estado completa oito trimestres consecutivos com desempenho acima da média brasileira

Por Redação 085 - Conexão085

Foto: Reprodução/Site/FIEC

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou expansão de 4,2% no primeiro semestre de 2025, superando o crescimento nacional de 2,5% no mesmo período. Os dados integram a segunda edição de 2025 do Boletim Econômico Trimestral do Observatório da Indústria Ceará, centro de inteligência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), divulgado na última quarta-feira (29). O Estado completa oito trimestres consecutivos com desempenho acima da média brasileira, e a previsão para o acumulado do ano é de alta de 3,2%.

O levantamento aponta que a produção física industrial do Ceará, até agosto, apresentou resultado melhor que o da média do Nordeste (-1,4%), embora ainda abaixo do desempenho nacional (+0,9%). Entre os segmentos de destaque estão Produtos Químicos (+31,7%), Metalurgia (+24,7%), Alimentos (+4,1%) e Couro e Calçados (+3,4%), impulsionados principalmente pela demanda agrícola e pela pauta exportadora.

“O comportamento da indústria cearense em 2025 reflete a maturidade e a resiliência do setor frente a um ambiente de maior incerteza. Segmentos como Química e Metalurgia têm mostrado capacidade de adaptação, com ganhos de mercado e diversificação de destinos comerciais”, avaliou Anderson Medeiros, pesquisador do Observatório da Indústria Ceará.

O boletim também destaca o bom desempenho do mercado de trabalho, que contribuiu diretamente para o crescimento econômico. A taxa de desocupação recuou para 6,6%, o menor nível desde o início da série histórica em 2012. O rendimento médio real atingiu o maior patamar já registrado, favorecendo a expansão do consumo interno e impulsionando o setor de serviços.

No comércio exterior, o Ceará registrou alta de 40,4% nas exportações entre janeiro e setembro, mesmo após o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A diversificação de destinos, com destaque para México e Polônia no setor de aço, e o avanço nas vendas de pedras ornamentais e peixes para a China compensaram o impacto da nova política tarifária norte-americana. Já as importações caíram 9,4%, reduzindo o déficit comercial do Estado.

De acordo com o levantamento, as expectativas dos industriais cearenses permanecem positivas para os próximos seis meses, especialmente nos indicadores de investimento, demanda e emprego, ainda que com cautela diante das incertezas externas.

“Os resultados do Boletim mostram que o Ceará consolida uma trajetória de resiliência, com crescimento do tamanho de mercado doméstico e diversificação de mercados da indústria. Esses aspectos são estratégicos para sustentar o dinamismo industrial em 2026, especialmente num cenário global mais volátil”, destacou David Guimarães, especialista em Inteligência Competitiva do Observatório da Indústria Ceará.

5 de novembro de 2025 às 13:00

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