Pesquisa Fecomércio: 73,4% dos consumidores de Fortaleza fazem orçamento mensal
Por Redação - Conexão085
A falta de planejamento familiar e orçamentário é uma situação comum que acaba se tornando um problema grave para o controle do endividamento, ficando sempre entre os principais motivos para o atraso ou inadimplência.
De acordo com a última Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada pela Fecomércio, 73,4% dos consumidores da capital cearense afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos.
Apesar disso, a pesquisa, referente ao bimestre setembro/outubro de 2022, apontou que 74,8% dos fortalezenses possuem algum tipo de dívida.
O índice apresentou queda de 1,1 ponto percentual comparado ao bimestre anterior, de 75,9%, mas ficou maior do que o observado no mesmo período do ano passado (73,1%).
A proporção de consumidores com contas ou dívidas em atraso teve aumento de 3,6 pontos percentuais, passando de 25,2% para 28,8%. As dificuldades em honrar os compromissos financeiros afetam mais as mulheres (32,0%), os consumidores acima dos 35 anos (30,6%) e da classe com renda familiar mensal abaixo de cinco salários-mínimos (29,6%).
O tempo médio de atraso é de 74 dias, e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é a necessidade de se adiar o pagamento para uso dos recursos em outras finalidades, citado por 58,0% dos entrevistados. O segundo motivo mais citado é o desequilíbrio financeiro (40,8%), seguido da perda de prazo por esquecimento (6,5%).
Comprometimento da renda
A pesquisa aponta ainda que o consumidor de Fortaleza está comprometendo, em média, 46,2% da renda familiar com o pagamento das dívidas – resultado 2,5 pontos percentuais acima do registrado no primeiro semestre encerrado em agosto (43,7%) e muito superior à média histórica do indicador, de 35,0%.
Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 83,7% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 17,3%; empréstimos pessoais, com 9,0%; carnês e crediários, com 4,6%; e cheque especial, com 1,5%.
A pesquisa mostra que são os gastos correntes os principais responsáveis pelo endividamento, com destaque para a compra de alimentos a prazo (citado por 61,1% dos consumidores entrevistados), para aquisição de itens de vestuário (29,7%), a cobertura de despesas de saúde (25,3%) e o uso de crédito para pagamento de aluguel residencial (24,7%). O valor médio das dívidas é de R$ 1.704, com prazo médio de oito meses.
Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para a inadimplência, a pesquisa da Fecomércio lista:
– A falta de orçamento e controle dos gastos, com 52,1% das respostas;
– Redução dos rendimentos, com 22,4%;
– Desemprego, com 22,0%;
– O aumento dos gastos considerados essenciais, com 21,8%;
– As compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 19,2%; e
– Gastos imprevistos, com 15,8%
24 de setembro de 2022 às 12:00