ONG cearense aposta em terapia de grupo e apoio familiar na manutenção da saúde mental

Por Redação - Conexão085

Especialistas atestam que bem-estar emocional das pessoas se agravou durante a pandemia. Foto: Freepik.

Nesta segunda-feira (10), é comemorado em todo o planeta o Dia Mundial da Saúde Mental. Nesses tempos de quase pós-pandemia de Covid-19, a doença continua afetando o bem-estar emocional de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia criou uma crise global para a saúde mental, alimentando estresses em curto e longo prazo. De acordo com especialistas, os efeitos da doença podem se tornar permanentes tanto para pacientes quanto para suas famílias.

Para o especialista em terceira idade e saúde mental Davi Fiuza Diniz, que trabalha na ONG cearense Associação em Defesa da Saúde Mental (ADSM), o papel das associações de pacientes e familiares nesse processo de reabilitação é muito importante.

É aí que entra o trabalho da ADSM, que busca dar apoio aos pacientes por meio de terapias de grupo e de atendimento com familiares e cuidadores, e de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de saúde e de outras áreas.

Segundo Diniz, muitos dos problemas mentais dos assistidos pela associação se agravaram durante a pandemia. Ele mesmo sentiu esse problema por ter na família duas pessoas com transtornos mentais. Hoje, seus parentes estão estabilizados depois de participar de terapias de grupo na ONG.

“A gente busca mostrar para pessoas e familiares que tenham alguém na família com problema emocional que, quando saírem do psiquiatra ou do psicólogo, eles têm suporte. Existe toda uma conduta para dar equilíbrio emocional”, explica.

“A Associação tem vários serviços com essa finalidade: dar suporte para as pessoas que apresentam algum problema e, também, para os familiares que estão acompanhando, porque também precisam de apoio”, afirma Diniz.

Exercícios físicos

A ONG também promove informação e ações voltadas para a prática de exercícios físicos em benefício da saúde mental. A atividade física pode ajudar a combater os sintomas do pânico e da ansiedade, pois estimula a produção de endorfina, substância que causa a sensação de bem-estar e euforia.

A prática de exercícios físicos também distrai de pensamentos negativos, comuns durante episódios de pânico e ansiedade. A ADSM destaca que apesar de parecer desafiador, pequenas mudanças na rotina já fazem a diferença, e que a prática regular pode proporcionar esses benefícios a longo prazo.

Com informações da Agência Brasil.

10 de outubro de 2022 às 16:20

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