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O beach tennis deixou de ser apenas um esporte de verão para se consolidar como fenômeno nacional e, mais recentemente, como um dos novos espaços de networking entre empresários. Com quadras instaladas em clubes, academias e orlas de todo o país, a modalidade mistura lazer, saúde e sociabilidade em um ambiente que favorece a troca de contatos e até mesmo a construção de parcerias de negócios.

De acordo com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), o número de praticantes saltou de cerca de 400 mil em 2021 para mais de 1,1 milhão em 2023, colocando o Brasil como responsável por aproximadamente 60% de todos os jogadores do mundo. A popularidade crescente também se reflete na agenda esportiva. Em junho de 2025, o torneio internacional ITF BT-400, realizado em Palmas (TO), reuniu 580 atletas, sendo 218 profissionais, e atraiu cerca de 12 mil espectadores em cinco dias de competição, mostrando que a modalidade deixou de ser nichada para se tornar um grande movimento cultural e econômico.

Esse avanço chamou atenção do setor corporativo. Assim como o golfe já simbolizou, em décadas passadas, o espaço privilegiado de relacionamento entre executivos, o beach tennis vem ocupando lugar semelhante, mas em uma versão mais jovem, dinâmica e descontraída. A prática acontece geralmente em locais com boa infraestrutura, como lounges, cafés, bares e até salas de reunião improvisadas nas áreas comuns, que transformam o esporte em ponto de encontro social. Para muitos empresários, o momento pós-jogo é tão importante quanto a partida: é ali que surgem conversas estratégicas e contatos valiosos.

O impacto econômico é outro indicador da força do esporte. Marcas como a Speedo registraram crescimento expressivo em vendas de raquetes, roupas e acessórios ligados ao beach tennis, ajudando a empresa a encerrar 2023 com alta de 24% no faturamento em relação ao ano anterior. Além disso, pesquisas recentes apontam que o perfil dos praticantes concentra profissionais de alto poder aquisitivo, o que reforça o potencial do esporte como hub de negócios.

O crescimento da modalidade segue acelerado e cidades de todo o país, mesmo longe da praia, estão investindo em quadras de areia e torneios locais, facilitando o acesso e aproximando o esporte de diferentes públicos.

21 de setembro de 2025 às 13:00