Novas ferramentas do Pix facilitam recuperação do dinheiro em casos de fraude

Por Redação 085 - Conexão085

Em apenas um ano de funcionamento, o Pix já se tornou um dos meios de pagamento eletrônico mais utilizados pelos brasileiros, inclusive superando métodos tradicionais. Desde abril de 2021, o número de transações feitas com essa funcionalidade ultrapassa a soma dos pagamentos feitos com TED, DOC, boleto e cheques.

Com isso em mente, o Banco Central do Brasil (BC) anunciou novas ferramentas para aumentar a segurança do Pix, evitar fraudes e auxiliar possíveis vítimas. Entre elas, o Bloqueio Cautelar, que será útil quando um usuário suspeitar, depois de pagar por um produto ou serviço, que tratava-se de um golpe.

Em vez de passar por um processo demorado para tentar recuperar o dinheiro, com a nova ferramenta, se o banco onde o golpista recebe os recursos desconfiar da operação, ele tem as condições de avaliar indícios de fraude e bloquear os recursos por até 72 horas. Nesse período, o banco vai aprofundar a análise da conta para verificar se realmente se trata de uma fraude e, caso for, o dinheiro volta para a conta do pagador.

Outra ferramenta anunciada é o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, que pode ser acionado tanto pela instituição bancária como pela vítima do suposto golpe. Para isso, é preciso registrar um boletim de ocorrência e comunicar o ocorrido à sua instituição financeira pelos canais oficiais de atendimento ao cliente: SAC, ouvidoria ou chats de aplicativos.

Após a comunicação, a sua instituição bancária vai usar a estrutura do Pix para informar o banco do golpista que aquela operação pode ser uma fraude e que os recursos devem ser bloqueados. Os bancos têm até sete dias para avaliar a reclamação, e o recebedor, que é notificado do bloqueio, não poderá sacar os recursos durante este período. Golpe constatado, o dinheiro volta para a conta do pagador.

Cuidados ainda são necessários

O Banco Central do Brasil reforça que o Bloqueio Cautelar e o Mecanismo Especial de Devolução não podem ser utilizados em desacordos comerciais ou para desfazer uma compra, por exemplo. Se o cliente não estiver satisfeito com o produto entregue ou com o serviço realizado, a situação deve ser resolvida da maneira tradicional.

Os mecanismos também não servem de garantia para os casos em que o pagador se confunde e transfere recursos para a chave Pix errada. Preste, então, muita atenção na hora de inserir as informações e sempre confira os dados do recebedor antes de concluir a transação.

25 de novembro de 2021 às 15:00

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