Mês de maio é dedicado ao Combate de Câncer de Ovário; conheça sintomas, diagnóstico e prevenção

Por Redação 085 - Conexão085

Foto: Reprodução

O mês de maio é dedicado ao Combate de Câncer de Ovário, conscientizando a população em torno da importância do conhecimento sobre os fatores de risco e o diagnóstico precoce da doença. Ficando atrás apenas do câncer de colo de útero, essa é a segunda patologia ginecológica mais comum entre as mulheres brasileiras de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O Órgão estima que o número de novos casos de câncer de ovário no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.310 casos. A neoplasia é ainda a nona mais incidente entre as mulheres no mundo, correspondendo a 3,60% de todos os cânceres femininos em 2020.

Dentre todos os tumores que podem ser encontrados no aparelho feminino, o de ovário é o mais difícil de ser diagnosticado. A doença já se encontra avançada em 8 a cada 10 pacientes diagnosticadas, visto que por ser silenciosa normalmente apresenta sintomas somente quando em estágio evoluído.

A prevenção do câncer de ovário representa um desafio, dado que poucos fatores de risco modificáveis são conhecidos até o momento. Além disso, não há um exame específico para identificar a doença, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é importante que as mulheres estejam atentas aos sinais do corpo e em dias com as consultas e exames de rotina, além de procurar a orientação médica caso percebam qualquer alteração.

Conheça os sintomas e o diagnóstico 

O oncoginecologista Alysson Barreto, especialista em tumores ginecológicos do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), explica que os sintomas são sutis e podem ser confundidos com outras patologias mais comuns, o que leva as pacientes a muitas vezes não considerarem a possibilidade da presença da doença. Dentre os sintomas estão: inchaço abdominal persistente ou sensação de estômago cheio rapidamente após as refeições, dor pélvica ou abdmoninal (um pouco diferente da cólica menstrual, porém contínua), mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação), perda de peso de forma rápida, fraqueza e sintomas urinários.

“Quando há a suspeita de um tumor no ovário, a avaliação inicial pode ser realizada por ultrassom ou tomografia computadorizada do abdômen e pelve. A medição do marcador tumoral 125 auxilia o diagnóstico. A confirmação é feita a partir da biópsia do tecido ovariano. Atualmente, existem muitas pesquisas para desenvolver exames de rastreamento para o câncer de ovário, mas sem sucesso até o momento. Os dois exames mais utilizados na pesquisa deste tipo de câncer são o ultrassom transvaginal e o exame de sangue do marcador CA-125”, explica Barreto.

Tipos da doença

Os tumores de ovários podem ser divididos em três principais grupos. Os tumores epiteliais têm origem nas células que revestem a superfície externa do ovário e são mais comuns em mulheres com idade acima de 50-60 anos, abrangendo aproximadamente 85% dos casos. Os tumores de células germinativas têm origem nas células responsáveis pela produção dos óvulos, são geralmente mais raros e correspondem a cerca de 5% dos casos de câncer de ovário. Por fim, os tumores estromais têm origem nas células formadoras do ovário, que produzem os hormônios femininos estrogênio e progesterona.

Fatores de risco

O INCA afirma que a doença ocorre predominantemente na pós-menopausa. Grande parte dos fatores de risco relacionados ao câncer dos ovários não são modificáveis, tais como histórico familiar de câncer de ovário em parente de primeiro grau, histórico familiar de câncer de mama,  ovário, endométrio ou colorretal, mutações em alguns genes como os chamados BRCA 1 e 2, e idade entre 50 e 79 anos.

Outros fatores reprodutivos e hormonais e situações que expõem as pacientes ao constante processo ovulatório também são considerados de risco, como menarca precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal, ou protetivos, como multiparidade, uso prolongado de contraceptivos orais e ligadura tubária.

Mulheres que nunca tiveram filhos ou cujas gestações ocorrem após os 30 anos também têm maior risco de desenvolver a doença. Sobrepeso e obesidade também podem influenciar moderadamente no surgimento da doença. Dessa forma, adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar atividades físicas e evitar o tabagismo, pode ajudar na prevenção.

 

9 de maio de 2024 às 17:00

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