Hemoce: Ceará é referência no tratamento de adultos com doença falciforme

Por Redação 085 - Conexão085

Cerca de 400 pessoas com o diagnóstico são atendidas pelo equipamento. Foto: Tiago Stille/Gov do Ceará.

Nesta quinta-feira (27), celebra-se o Dia Nacional de Conscientização da Doença Falciforme, uma alteração genética que dificulta a circulação sanguínea. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) é referência estadual na assistência a adultos com o diagnóstico.

Atualmente, cerca de 400 pacientes adultos com doença falciforme são acompanhados no hemocentro em Fortaleza e nos regionais do Interior. A assistência é multidisciplinar, envolvendo hematologistas, assistentes sociais, ortopedistas, psicólogos e fisioterapeutas.

A doença falciforme é hereditária e provoca má-formação nas hemácias. Os principais sintomas são: dores nas articulações, anemia, olhos amarelados, atraso no desenvolvimento e no crescimento infantil, inchaço em punhos e tornozelos.

A doença aumenta, ainda, o risco de infecções e de acidente vascular cerebral (AVC). “As células normais são arredondadas e maleáveis. Com as alterações, essas células passam a ter um formato de meia lua ou foice, impedindo a circulação de sangue e oxigênio para tecidos e órgãos, causando várias complicações”, explica a hematologista Fernanda Benevides.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença se dá por meio do teste do pezinho, realizado logo nos primeiros dias de vida das crianças. Outra forma é o exame de sangue eletroforese de hemoglobina, feito nos pequenos com mais de seis meses e em adultos.

Quando a doença falciforme é identificada ainda na infância, os pacientes são encaminhados para o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), também da Rede Sesa. A partir dos 18 anos, o tratamento é realizado no Hemoce. Ambas as unidades são referências estaduais no tratamento da hemoglobinopatia hereditária.

Para obter mais informações sobre exames e diagnóstico, os adultos que têm algum indício de doença falciforme podem tirar dúvidas no Ambulatório de Coagulopatias e Hemoglobinopatias do Hemoce pelo telefone (85) 3101-2310.

Apesar de a doença não ter cura, o tratamento permanente melhora a qualidade de vida. Com adesão correta às medicações, acompanhamento com hematologistas e realização de exames periódicos, as chances de ter crises de dores e complicações são bem menores.

Com informações do Hemoce.

27 de outubro de 2022 às 15:08

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