Geração de energia solar em casas deve dobrar até o fim de 2022
Por Redação - Conexão085
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a corrida para assegurar isenção de taxa e a crescente procura por painéis deve dobrar a capacidade de geração de energia solar no Brasil até o final de 2022.
As instalações nos tetos de prédios e casas do país deverão somar quase 25 gigawatts médios (GW). Para efeito de comparação, o volume, recorde na história, representaria, aproximadamente, a capacidade de duas usinas hidrelétricas de Itaipu.
Além da tendência natural pela opção de fontes renováveis de energia em todo o planeta, outro fator que vem aumentando essa demanda é o aumento do preço do petróleo no mercado internacional, potencializado pela guerra na Ucrânia.
Mais do que isso, a criação de um novo marco regulatório para a geração solar movimenta o setor no Brasil. No início deste ano, foi publicada lei que isenta de encargos setoriais, até o fim de 2045, aqueles que instalassem um sistema de geração própria até o dia 7 de janeiro de 2023.
Com isso, o consumidor que produzir mais energia do que o volume consumido poderá transferir o excedente para a rede elétrica e receber o equivalente em desconto na conta de luz. Após esse período, a dedução será menor.
Para usinas de grande porte, cujos sistemas solares geram energia compartilhada de forma remota para diversas localidades do território brasileiro, a diminuição no valor do crédito chega em torno de 29,3%.
Números da energia solar no país
Segundo a Absolar, a energia solar ultrapassou as fontes termelétricas, de biomassa e gás natural e ocupa atualmente a terceira posição na matriz energética brasileira, com 8,1%. À frente estão apenas as fontes eólica (10,8) e hídrica (53,9%).
Mais de R$ 86,2 bilhões foram investidos na iniciativa privada e outros R$ 22,8 bilhões para os cofres públicos, sem contar os quase 480 mil empregos gerados desde 2012. Hoje, já são constatados cerca de 16,4 gigawatts (GW) de capacidade de energia solar nas grandes usinas brasileiras e em pequenos projetos de autoprodução.
Mais do que as cifras levantadas, o aumento do uso desse recurso renovável propicia grandes contribuições para o meio ambiente. Segundo a Absolar, já foi evitada a emissão de aproximadamente 23,6 milhões de dióxido de carbono (CO2).
Especialistas afirmam que esse tipo de solução ainda promove maior diversificação no fornecimento de energia elétrica, amenizando a pressão sobre a capacidade dos recursos hídricos e impactando diretamente a conta final paga pelo consumidor.
21 de agosto de 2022 às 10:00