FIEC impulsiona pesquisa científica e produção acadêmica em hidrogênio verde através do SESI SENAI
Por Redação - Conexão085
O Ceará se destaca globalmente na transição energética devido à colaboração entre governo, iniciativa privada e academia. O estado visa se posicionar como líder na produção e exportação de hidrogênio verde (H2V), impulsionando pesquisas locais para viabilizar essa fonte energética do futuro.
O FIEC Summit, desde 2022, promove o desenvolvimento de soluções inovadoras para a obtenção, armazenamento, transporte e uso do H2V através do Edital SESI/SENAI de Trabalhos Acadêmicos e Projetos de Pesquisa. As inscrições para a edição deste ano, que ocorre nos dias 12 e 13 de agosto, já estão abertas até 31 de julho.
Um dos projetos premiados em 2023, liderado por pesquisadores da Uece e UFC, propõe um sistema de produção distribuída de H2V a partir de efluentes industriais, complementando métodos em larga escala. Mona Lisa Moura de Oliveira, orientadora do projeto na Uece, destaca o potencial para engajar empresas locais na cadeia produtiva do H2V.
Pesquisadores da Unifor, Paulo Henrique Pereira Silva e André Gadelha de Oliveira, abordam a produção de H2V utilizando efluentes tratados, visando resolver questões de disponibilidade de água e saneamento. Seu método de eletrocoagulação transforma esgoto em água potável, gerando H2V como subproduto comercializável.
Além disso, iniciativas como o Hub de Hidrogênio Verde, estabelecido em 2021 com parceria entre governo, Complexo do Pecém, FIEC e UFC, demonstram o compromisso do Ceará com a transição energética. Mais de 30 empresas já se comprometeram a operar na região, aproveitando a localização estratégica e o potencial solar e eólico do estado.
Para garantir a segurança operacional na produção de H2V, pesquisadores como Marcos Camargo e Marcial Fernandez desenvolveram métodos para detectar vazamentos de gases inflamáveis, crucial para a indústria emergente de hidrogênio.
Apesar do cenário promissor, o apoio contínuo do governo e recursos são essenciais para impulsionar tanto a pesquisa acadêmica quanto a indústria, fortalecendo os pilares da transição energética do Ceará a médio e longo prazo.
16 de julho de 2024 às 13:00