Dia do Forró: data celebra 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga

Por Redação 085 - Conexão085

O Rei do Baião é, em todo seu mérito, o artista mais biografado do país. Foto: Arquivo Nacional.

Nesta terça-feira, 13 de dezembro, celebramos o gênero mais marcante do nosso Nordeste, afinal é o Dia Nacional do Forró. A data foi criada em 2005 para homenagear seu maior símbolo artístico, o pernambucano Luiz Gonzaga.

O forró é ainda, desde o ano de 2021, patrimônio imaterial do Brasil, declarado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E em 2022, essa festa é ainda mais especial, pois coincide com os 110 anos de nascimento do Rei do Baião.

Nascido na cidade de Exu, em 13 de dezembro de 1912, Gonzaga foi o principal responsável pela propagação dos ritmos nordestinos que compõem o forró, entre eles, o xote, xaxado, baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.

Gonzaga é, em todo seu mérito, o artista mais biografado do país, com pelo menos 70 livros e mais de 200 cordéis lançados sobre sua vida e trabalho. Em novembro, a trajetória do Rei ganhou mais um vasto projeto audiovisual, de autoria de Paulo Wanderley. Saiba mais aqui.

Revolução musical

Num tempo em que a produção artística era focada no eixo sul-sudeste, coube a uma voz acompanhada de sanfona amolecer a aridez da caatinga. Gonzaga tinha a arte de inserir melodia em enredos sobre a condição desfavorável da terra onde nasceu. Parte do seu ineditismo estava nessa forma como ele conseguiu representar através de um estilo a cultura, os costumes, o jeito de seu povo.

Gonzagão abraçou a cultura nordestina em 1941, quando gravou a música Vira e Mexe, tocada no Programa de Ary Barroso. A apresentação garantiu seu primeiro contrato com a Rádio Nacional. A mudança de ritmo fez com que Gonzagão abraçasse uma vestimenta típica. Passou a se apresentar com chapéu, o gibão e sandálias de couro acompanhado de sanfona, zabumba e triângulo.

Em 1945, Gonzagão começou a parceria com o compositor cearense Humberto Teixeira. Veio a popularidade nacional e se tornou fenômeno com a gravação de Asa Branca, no ano de 1947. A música, considerada uma das mais importantes da história do Brasil, foi traduzida e interpretada em outros países.

“A sanfona não parou e o forró continuou…”. O legado de Gonzaga fez com que a sanfona nunca parasse de tocar. As suas músicas lideram rankings das mais tocadas até hoje. O músico mundialmente reconhecido cantava alegrias e tristezas do povo nordestino de um jeito que entrou para a história da arte brasileira.

Com informações da Agência Brasil.

13 de dezembro de 2022 às 16:00

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