Consumidores buscam alternativas diante da variação do custo da energia elétrica
Por Redação - Conexão085
O segundo semestre do ano chegou trazendo incertezas para as contas de luz dos brasileiros. Por conta disso, discussões sobre medidas para reduzir os custos acompanham a insatisfação pela instabilidade, e as razões são variadas. Em julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária amarela para o mês. Neste mês em agosto a bandeira volta a ser verde (sem cobrança adicional). Essas variações trazem incerteza, podendo causar conturbações no orçamento dos consumidores.
As bandeiras tarifárias são uma variação do preço da energia em função das condições climáticas. Com a bandeira verde, não há interferência no valor das contas de luz, mas as bandeiras amarela e vermelha resultam em custos adicionais.
Entre os motivos para a alta dos valores estão o furto de energia, adaptações às mudanças climáticas e a adição de novas fontes, tecnologias e modelos de contratação.
Segundo Tarcisio Lopes, coordenador de gestão de clientes da Kroma Energia, escolher um fornecedor de energia independente oferece uma significativa vantagem financeira ao eliminar a cobrança de bandeiras tarifárias, que são taxas adicionais aplicadas pelas distribuidoras. “Esse modelo garante uma tarifa fixa para a energia consumida, tanto em horários de ponta quanto fora de ponta. Isso proporciona previsibilidade nos custos e evita surpresas com variações de preço em diferentes momentos do dia, permitindo uma gestão mais eficiente e econômica da energia”, explica o coordenador.
O mercado livre de energia é uma alternativa que dá mais autonomia ao consumidor, além de diminuir os custos com energia elétrica em até 40%, sendo já utilizado por grandes e pequenas indústrias, padarias, hospitais, shoppings, redes de farmácias e supermercados, além de prédios residenciais. Nos dois primeiros meses deste ano, foram registradas 3.866 migrações para esse modelo, mais da metade dos registros de 2023, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Surgido ainda na década de 1990, o mercado livre de energia foi, durante muitos anos, restrito a consumidores com grande demanda de energia (aproximadamente contas a partir de R$50.000). Desde janeiro de 2024, podem optar por contratar energia no ambiente livre todos os clientes ligados na alta tensão. A mudança trouxe a possibilidade para diversos consumidores que podem ter mais previsibilidade já que os preços não sofrem essas alterações, além de economia nas tarifas.
15 de agosto de 2024 às 11:00