Conheça a história por trás do feriado da Data Magna do Ceará
Por Redação 085 - Conexão085
No dia 25 de março, o povo cearense comemora a Data Magna, um dia significativo na história e cultura do estado.
A Data Magna do Ceará é celebrada em homenagem ao dia em que foi abolida a escravidão no estado, em 1884, tornando-se um marco na luta pela liberdade e pelos direitos humanos.
Esta importante data refere-se a um período crucial na história do Brasil, quando movimentos abolicionistas ganhavam força em todo o país. No Ceará, a abolição da escravatura representou um avanço significativo na busca pela igualdade e justiça social.
O estado do Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravidão, em 25 de março de 1884. Entretanto, os primeiros passos foram dados um ano antes, no dia 1º de janeiro de 1883, quando a Vila do Acarape, onde hoje é o município de Redenção, libertou os povos escravizados. Abolicionistas como José do Patrocínio estavam presentes no ato que ocorreu em frente à igreja Matriz.
O feriado foi aprovado na Assembleia Legislativa, no 1º de dezembro de 2011, sendo promulgada e publicada no Diário Oficial do Estado em 6 de dezembro do mesmo ano.
Além do contexto histórico, a Data Magna do Ceará também é uma ocasião para celebrar a diversidade cultural do estado, visto que sua história carrega consigo tradições únicas, culinária e músicas, encantando não só os habitantes quanto também os visitantes de todo o mundo.
25 de março
O abolicionismo deixou marcantes impressões na sociedade cearense, com Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar, sendo um dos ícones mais destacados. Em 1881, ele e outros jangadeiros se recusaram a transportar escravos do Porto de Fortaleza para serem vendidos em outras regiões.
Três anos depois, em 25 de março de 1884, Manuel Sátiro de Oliveira Dias, presidente da província na época, proclamou a libertação de todos os escravos do Ceará.
A Data Magna
Após a abolição, os escravos buscavam formas pra se reintegrar na sociedade. Alguns deles, por medo de serem perseguidos, fugiram para os quilombos, na Serra do Evaristo, em Baturité. Enquanto isso, outros seguiam para Fortaleza, buscando encontrar seus familiares. Também houveram aqueles que, por não terem familiares e já estarem acostumados com a rotina, negociaram com os senhores e passaram a prestar serviços de forma remunerada.
25 de março de 2024 às 9:00