Conheça a história do Brasil por 4 destinos turísticos do Ceará

Por Redação 085 - Conexão085

Igreja da Matriz, no Largo do Theberge, em Icó. Fotos: Acervo Iphan.

Antes de se tornar independente de Portugal, em 7 de setembro de 1822, o Brasil contou com diversos acontecimentos que marcaram a sua história e nos trouxeram até esse momento bicentenário.

Chegada dos portugueses, capitanias hereditárias, guerra dos mascates… não faltam episódios que tiveram como palco cidades centenárias que hoje são importantes destinos turísticos do país.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) delimita 88 conjuntos urbanos tombados em 22 estados e no DF que são protegidos e reconhecidos como a base do Patrimônio Cultural Brasileiro.

No Ceará, quatro cidades abarcam esses conjuntos e mantêm os traços da preservação de expressões próprias de cada período. Conheça mais sobre cada uma delas a seguir.

Icó

O conjunto arquitetônico e urbanístico de Icó, tombado pelo Iphan em 1998, é considerado o melhor da arquitetura tradicional feita no Ceará, inclusive no plano popular. Este patrimônio concentra-se em suas principais ruas, onde estão os bens de maior relevância e o traçado urbanístico imposto pelas normas da Coroa Portuguesa, no século XVIII.

Teatro da Ribeira dos Icós.

Icó conserva, com bastante integridade, um precioso acervo arquitetônico e a área delimitada para a proteção possui aproximadamente 320 imóveis. A cidade foi a primeira a receber este tipo de tombamento, e uma de suas maiores expressões é o centro histórico, que remonta ao período colonial.

Formada basicamente por portugueses e franceses, a cidade herdou uma rica arquitetura no estilo barroco com características próprias da Região Nordeste e com linhas do neoclássico francês. Durante a exploração do ouro e a produção do charque, nos séculos XVIII e XIX, Icó progrediu como importante entreposto comercial do interior da Província do Ceará.

Datam dessa época a construção de igrejas, da cadeia, do mercado e de sobrados com belos azulejos portugueses. Seu valioso acervo arquitetônico encontra-se conservado, em sua maior parte, apesar da descaracterização na paisagem, sendo um testemunho da ocupação do sertão nordestino pela pecuária.

Casa da Câmara e cadeia em Aracati.

Aracati

Às margens do rio Jaguaribe, em 1747, foi fundada a Vila de Santa Cruz do Aracati. O ouvidor‐geral da capitania, Manoel José de Farias, encarregou-se de sua implantação. A Carta do Aracati, como as demais cartas régias, determinava a delimitação da praça e a reserva do terreno para construção da Casa da Câmara e da Igreja Matriz.

Localizada na Zona Jaguaribana do Ceará, Aracati guarda até hoje o desenho setecentista em seu traçado urbano. O conjunto arquitetônico e paisagístico da cidade, tombado pelo Iphan em 2001, é formado por sobrados, igrejas e diversos prédios que somam mais de 2.500 edificações construídas e decoradas com azulejos portugueses de alto valor.

 

Museu Dom José em Sobral.

Sobral

O conjunto arquitetônico e urbanístico de Sobral, tombado pelo Iphan em 1999, abrange uma área que se estende da margem do Rio Acaraú à Rua Coronel Monte Alverne, onde estão inúmeros imóveis e espaços públicos.

Dentre suas valiosas edificações remanescentes do século XVIII, estão o Teatro e a Praça São João, um conjunto de casas em estilo art nouveau, sobrados decorados com motivos greco-romanos e várias construções religiosas, como as igrejas da Sé e dos Pretinhos de Nossa Sra. do Rosário, construída por escravos.

Outros estilos artísticos – art déco e vernaculares – que prevaleceram durante o período colonial ainda estão inscritos na paisagem, história e memória dessa cidade cearense.

 

Solar dos Pinho Pessoa, em Viçosa do Ceará.

Viçosa do Ceará

Localizada na microrregião da Serra de Ibiapaba, noroeste cearense, Viçosa do Ceará foi berço de ilustres cidadãos como o jurista Clóvis Beviláqua, e seu patrimônio arquitetônico colonial – construído a partir de 1695 – é o testemunho vivo de três séculos da história do local.

O conjunto histórico e arquitetônico de Viçosa, uma das mais importantes vilas de índios do Brasil do século XVIII, foi tombado pelo Iphan em 2003. A cidade, constituída sobre o traçado urbano desenvolvido no século XVIII, consolidou-se entre fins do século XIX e início do século XX.

A área tombada corresponde ao contorno da Praça Clóvis Beviláqua, onde fica a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção. Destacam-se, neste local, 72 casarões de comprovado valor arquitetônico. Ao redor da Igreja, ergueu-se a Aldeia da Ibiapaba, uma das principais missões jesuítas do Brasil, no século XVII.

Com informações do Iphan.

7 de setembro de 2022 às 12:17

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