Chuvas de março ficam acima da média no Ceará, e Fortaleza bate recorde histórico
Por Redação 085 - Conexão085
O segundo mês da Quadra Chuvosa veio com chuvas acima da média no Ceará, segundo balanço parcial da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O acumulado de março foi de 267,2 milímetros, representando um desvio de 31,4% em relação à normal climatológica. A Funceme aponta ainda que foi um dos 10 maiores acumulados da série histórica para o mês de março.
Já Fortaleza atingiu, na última quinta-feira (31), o maior acumulado para o mês de março desde 1973, quando se iniciou a série histórica. Segundo o balanço parcial, o observado mensal foi de 638,4 milímetros, superando os 617,4 mm de março de 1986.
As precipitações mais expressivas em março se deram, principalmente, à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas nesta época do ano. A atuação de uma Cavado de Altos Níveis (CAN), além de fatores locais como altitude, temperatura e umidade do ar.
Quanto às macrorregiões, todas ficaram acima da normalidade neste último mês, exceto o Sertão Central e Inhamuns, que aparece na categoria em torno da média. Cariri, no sul do Estado, e a Ibiapaba, localizada no noroeste do Ceará, foram as mais chuvosas.
Além do recorde histórico, as chuvas da Capital representam ainda o maior acumulado entre os 184 municípios cearenses. Logo atrás vêm Granjeiro e Várzea Alegre, ambos no Cariri, com 551,7 e 551,5 milímetros, respectivamente.
Açudes
Segundo a Funceme, o açude Cocó, em Fortaleza, atingiu a capacidade máxima e sangrou neste primeiro fim de semana de abril. O Cocó é o 7º açude a sangrar na macrorregião do Litoral de Fortaleza e o primeiro do Ceará em abril.
Depois de fechar fevereiro com apenas um açude sangrando, o Estado superou a média histórica de chuvas para março e fechou o mês com 20 reservatórios em capacidade máxima. O Açude Castanhão, maior reservatório cearense, conquistou em março seu melhor volume hídrico dos últimos sete anos.
4 de abril de 2022 às 11:56