Cearense Stênio Gardel é indicado a prêmio literário internacional de Dublin
Por Redação - Conexão085
Cearense de Limoeiro do Norte, o escritor Stênio Gardel é um dos três autores de língua portuguesa a figurarem na pré-lista de indicados ao prestigiado Prêmio Literário Internacional de Dublin. Além dele, o também brasileiro Itamar Vieira Júnior e o moçambicano Mia Couto integram a seleção.
Criada em 1996, a premiação irlandesa é entregue anualmente a um romance escrito em ou traduzido para o inglês. Gardel foi indicado por “A Palavra Que Resta”, que tem tradução de Bruna Dantas Lobato. A dupla ganhou em novembro de 2023 o National Book Award, um dos mais importantes prêmios da literatura dos Estados Unidos.
As indicações da lista — que neste ano são 79 no total — são feitas por bibliotecas públicas de todo o mundo. A responsável pela escolha do livro cearense foi a Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles, de Brasília.
Na justificativa da indicação, a biblioteca afirma que “A Palavra Que Resta” é uma “terna e triste história de amor” que tem “escrita extremamente poética”. “O autor consegue brincar com a linguagem oral e escrita, causando uma série de sensações ao longo do livro”, segue o texto.
A obra, romance de estreia de Stênio, foi lançada em 2021 e é protagonizada por Raimundo, um homem analfabeto de 71 anos que guarda por décadas uma carta escrita por um amor secreto da juventude de quem foi afastado.
A definição dos finalistas oficiais do prêmio tem previsão para ser divulgada no próximo dia 26 de março. Já o anúncio do vencedor deve acontecer em 23 de maio, na cidade irlandesa.
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Além do cearense, a presença de obras em língua portuguesa tem mais dois representantes. Itamar Vieira Júnior foi indicado pela tradução de “Torto Arado”, enquanto Mia Couto recebeu a indicação pela obra “Bebedor de Horizontes”.
O Prêmio Literário Internacional de Dublin oferece à obra vencedora 100 mil euros, sendo considerado um dos maiores valores das premiações de ficção no mundo. Caso vença um livro traduzido, 75 mil euros são do autor e 25 mil vão para quem traduziu.
Na história da comenda, sete autores de língua portuguesa já foram finalistas, como José Saramago e Mia Couto. Dentre eles, um venceu: o angolano José Eduardo Agualusa, pelo romance “Teoria Geral do Esquecimento” (2012).
Fonte: Diário do Nordeste
20 de janeiro de 2024 às 12:30