Café: aliado ou vilão da produtividade?
Altas doses de cafeína estão associadas a efeitos colaterais como ansiedade e insônia
Por Redação 085 - Conexão085

Conhecido por seus efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, o café promove um aumento temporário no estado de alerta, na concentração e na disposição. Muitas pessoas recorrem à bebida como parte essencial da rotina matinal ou como um impulso em momentos de fadiga mental. Entretanto, é preciso estar atento aos perigos do exagero ao consumir a bebida. O Conexão 085 traz com exclusividade informações sobre o assunto.
De acordo com a nutricionista Fabiana Fontes, o café pode sim ser um aliado devido ao efeito no sistema nervoso central e a sensação de energia que ele proporciona, contudo, a cafeína demora em média de seis horas para sair da sua corrente sanguínea. “Essa melhora, essa energia para melhorar a produtividade, ela é temporária e o excesso dessa cafeína, sim, pode ter um efeito rebote horrível e prejudicar a produtividade”, pontua.
Altas doses de cafeína estão associadas a efeitos colaterais como ansiedade, insônia, irritabilidade e aumento da frequência cardíaca, fatores que comprometem o desempenho e a qualidade do trabalho. Além disso, a tolerância à cafeína pode fazer com que seu efeito estimulante diminua ao longo do tempo, levando a um ciclo de consumo crescente que prejudica a saúde. “Você toma o café, fica mais animado e com mais energia, depois a cafeína vai saindo do seu sangue e aí você começa a ficar cansado, piora de rendimento e aí você quer mais café e depois mais café e depois mais café”, aponta.
A nutricionista alerta para os prejuízos do vício. “Esse vício é prejudicial tanto com relação à absorção de nutrientes, quanto com relação à questão gástrica, porque a cafeína é irritante de mucosa, tanto gástrica, que é do seu estômago, quanto intestinal, então muitas pessoas podem desenvolver gastrite e úlcera por esse excesso de cafeína”, afirma.
Para algumas pessoas, uma xícara de café pode ser o impulso ideal para focar em uma tarefa complexa; para outras, pode demorar mais para passar o efeito. Por isso, é essencial observar como o corpo reage e ajustar o consumo conforme as necessidades e limites pessoais. “Existem aquelas pessoas que têm a metabolização rápida da cafeína, ou seja, vai tomar aquele café e rapidamente ela fica bem. Três ou quatro horas depois esse efeito estimulante passa. E tem aquelas pessoas que são metabolizadoras lentas da cafeína, então normalmente o café fica por mais tempo”, afirma.
O segredo do consumo de café é sempre o equilíbrio. “O ideal seriam 2 xícaras pequenas ao dia e evitar, com certeza, depois das 4 horas da tarde, para não bagunçar a qualidade do sono, e nunca utilizar o café pra substituir as refeições. Se você utiliza o café de forma moderada, você consegue, sim, colocar o café com equilíbrio, sem prejudicar a sua saúde, e ainda ajudar na produtividade”, finaliza a nutricionista.
21 de setembro de 2025 às 9:00