Branding, rebranding e a força de uma marca

Por Redação 085 - Conexão085

No cenário contemporâneo, em que a estética se cruza com identidade e propósito, o branding surge como o coração pulsante de uma marca. Mais do que um logotipo, um slogan ou um conjunto de cores, o branding é a narrativa que dá vida a um universo, conecta histórias e transforma consumidores em comunidades. É o que sustenta a memória emocional de uma marca no tempo.

Já o rebranding representa um capítulo mais delicado dessa trajetória. Ele ocorre quando a identidade visual, o posicionamento ou até mesmo os valores precisam ser revisitados para refletir mudanças de mercado, novas audiências ou transformações internas. Quando bem executado, um rebranding não apenas atualiza a imagem, mas também revitaliza o elo emocional, reafirma relevância e projeta longevidade.

Entretanto, esse processo exige cautela. O desafio está em equilibrar o novo sem apagar o antigo. Afinal, marcas fortes são construídas sobre camadas de significado, símbolos e afetos que não podem ser simplesmente descartados.

Exemplos no universo da moda

As Maisons de Moda são um terreno fértil para observarmos esse movimento. Burberry, por exemplo, nos últimos anos reposicionou sua imagem com foco em um público mais jovem e digital, resgatando elementos históricos ao mesmo tempo em que abraçou a modernidade.

Já a Céline, ao perder o acento e assumir a identidade “Celine” sob o comando de Hedi Slimane, gerou polêmica: parte do público celebrou a ousadia e frescor, enquanto outra lamentou a ruptura com a herança deixada por Phoebe Philo.

Outro caso é a Saint Laurent, que em seu rebranding, também guiado por Slimane, abandonou o “Yves” do nome, mantendo a essência do DNA rock, mas dividindo opiniões quanto ao apego à tradição

Esses exemplos mostram que um rebranding pode ser tanto um salto estratégico quanto um risco calculado — e o equilíbrio entre inovação e memória é sempre o ponto de tensão.

Minha visão pessoal sobre o assunto Observando de perto esses movimentos, principalmente em marcas genuinamente cearenses, confesso que não me identifico totalmente com muitos dos resultados gerados a partir dos processos de rebrandings recentes. Tenho a sensação de que, em busca de modernidade e impacto imediato, algumas marcas acabam diluindo sua essência original e perdendo parte da conexão construída com seus clientes atuais. Independente do ramo de atuação, indo do ramo de comércio de alimentos, até ao mercado imobiliário, percebo que tais marcas perderam parte do emocional e dos fortes valores construídos através dos anos. Em vez de potencializar a sua própria história, parecem reescrevê-la de forma brusca, deixando lacunas no afeto que sustentava sua força. Quase como virando as costas para todo um público fiel, que as acompanhou por vários anos, formando legado e construindo uma história forte, que vai muito além da relação transacional de compra e venda entre marca e cliente.

Para mim, a construção de uma marca forte não está em apagar o passado, mas em reinterpretá-lo com respeito, coerência e propósito. Só assim o branding — e até o rebranding — cumprem seu papel de fortalecer laços, em vez de fragilizá-los.

E por falar em re-branding, muito em breve, irei ajudar a comunicar o processo de marca de uma empresa a qual me orgulho muito em fazer parte. Por hora, não posso estragar a surpresa, mas prometo: você, assim como eu, irá amar!

Se você gostou deste artigo, te convido a ler mais sobre este assunto e outros, relacionados ao universo de design, neuromarketing e tendências de consumo, aqui no Conexão 085. Até mais!

5 de outubro de 2025 às 13:00

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