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Se você acha que design é só estética, prepare-se para mudar sua perspectiva. Cada escolha de cor, forma ou textura comunica algo. E hoje,
mais do que nunca, o design precisa ser funcional, sensorial e acima de tudo emocional. Neste artigo, trazido por Malu Lima, especialista em branding, design criativo e estratégias de comunicação, você vai conhecer as tendências que estão moldando os projetos mais relevantes do momento, desde marcas minimalistas até o retorno da estética retrô.

1. Design com propósito: não é só bonito, tem que fazer sentido

O visual não pode mais ser vazio. O público quer entender por que você escolheu aquele estilo. Estamos vendo uma onda de marcas e projetos visuais que traduzem o DNA da empresa em cada detalhe — desde a tipografia até o formato dos botões em um site. Marcas que causam identificação emocional tendem a ser lembradas. Por isso, cada escolha visual precisa refletir uma verdade. E por falar em tipografia, a próxima tendência, vai explicar um pouco mais.

2. Estética Neo-Minimalista com Toques Artesanais

Encarada como uma evolução do minimalismo clássico, passou por uma releitura, agora com texturas mais táteis, elementos analógicos e formas orgânicas que remetem ao feito à mão. Com certeza, você já deve ter percebido essa estética presente em identidades visuais, embalagens e marcas que se reformularam recentemente, passando por um processo que chamamos de: rebranding. Ela combina cores suaves, imperfeições propositais (como pinceladas, granulação) e tipografia humanizada. Uma tendência que está em alta, trazendo proximidade com o público, apelo emocional, indo contra as tendências mais modernas de tecnologia digital e Inteligências Artificiais.

3. Retrofuturismo e Nostalgia 2000+

Uma mistura de estética Y2K (anos 2000), cyberpunk e futurismo otimista. Acompanhada por uma paleta de cores vibrante, efeitos cromados, gradientes 3D, reflexos líquidos e elementos “tech” (como grids, HUDs e interfaces). Se você tem notado um ar nostálgico nos designs recentes, não está sozinho. A estética dos anos 70, 80 e 90 voltou com força, mas agora com toques modernos. É uma forma de ativar
memórias afetivas e, ao mesmo tempo, mostrar personalidade. Essa tendência também está ligada ao movimento do design afetivo, que busca re-conectar pessoas com sensações boas do passado — tudo de forma estratégica. Em se tratando das novas gerações, que não tiveram em seu passado, acesso a essa quantidade de referências e informações visuais, decidem explorar o passado recente como forma de buscar identidade, mas sempre com um olhar para o futuro.

4. Design sensorial: toque, som, cheiro e emoção

Com a ascensão das experiências multissensoriais, o design sensorial ganha destaque. Marcas têm explorado texturas nas embalagens, trilhas sonoras exclusivas e até fragrâncias próprias para criar uma identidade mais marcante. Não basta mais ver. O consumidor quer sentir, ouvir e interagir.

5. I.A regenerativa: a tecnologia como ferramenta, não como ameaça

Ferramentas de Inteligência Artificial estão facilitando prototipagens, brainstorming e até testes de usabilidade visual. Mas a grande sacada está em usar a I.A como parceira criativa, e não como substituta do olhar humano. Designers inteligentes estão aprendendo a comandar essas ferramentas para ganhar agilidade e abrir espaço para mais inovação.

6. Cocriação e personalização

Estamos entrando na era da colaboração. Seja no design de produtos ou identidades visuais, o público está sendo chamado para co-criar. Isso gera conexão, sentimento de pertencimento e engajamento orgânico. Além disso, os algoritmos e plataformas estão permitindo uma personalização visual em tempo real e isso muda tudo. Quando se pensa “com design”, o mundo ao seu redor ganha um sentido diferente. Afinal de contas, o design une duas coisas bastante importantes: a forma (estética e beleza) e a função (o porquê daquilo existir). E você? Já tinha pensado dessa forma? Se você gostou deste artigo, te convido a ler mais sobre este assunto e outros, relacionados ao universo de design, neuromarketing e tendências de consumo, aqui no Conexão 085. Até mais!

3 de agosto de 2025 às 11:00