Símbolo de Fortaleza: Após período de reparos, Mercado dos Pinhões reabre de forma gradual
Por Redação 085 - Conexão085
Um espaço que é parte da memória afetiva do Centro de Fortaleza, dos carnavais e da cultura, o Mercado dos Pinhões reabre seus portões. Após um período de reparos, a Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) retoma as atividades de forma gradual.
Às sextas-feiras, o palco interno recebe a faixa de programação Sons do Mercado, com acesso gratuito. Já a tradicional Feira de Produtos Orgânicos segue ocorrendo às terças-feiras no anexo Mercado Cultural dos Pinhões, como tem sido nos últimos meses.
O Mercado dos Pinhões é um bem cultural tombado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza por meio do Decreto Municipal nº 11.962, de 11 de janeiro de 2006.
Entre as reformas, foram executados reparos na estrutura elétrica do equipamento, no palco, em ferragens dos boxes, além de pinturas.
Intervenções
O coordenador do Patrimônio Histórico-Cultural da Secultfor, Diego Zaranza, explica que as ações realizadas tiveram o intuito de garantir a preservação do Mercado, assim como a segurança da população.
Os vitrais que decoram o mercado de ferro foram removidos visando à segurança do espaço. Posteriormente, eles serão recolocados no processo de restauro que o equipamento receberá ao longo dos próximos meses.
O amplo projeto para conservação do Mercado prevê intervenções na estrutura de ferro, assim como reparos das instalações elétricas, restauração de revestimento de piso, reparos na coberta, alvenaria, fachadas, boxes, vitrais, luminotécnico e da Praça Visconde de Pelotas (onde o Mercado está instalado).
O Mercado
O Mercado dos Pinhões é um exemplo da arquitetura do ferro no Ceará. Uma das características de sua estrutura, pré-fabricada na França, nas oficinas Guillot Pelletier, em Orleans, é a portabilidade, podendo ser desmontado e montado em locais diferentes.
Assim, seu primeiro endereço em Fortaleza foi a Praça Carolina, hoje conhecida como Praça Waldemar Falcão. A inauguração do Mercado da Carne, formado de início por dois galpões unidos por uma passagem coberta, conhecida como avenida, foi realizada em 18 de abril de 1897.
Em 1938, a estrutura foi desmembrada e levada para a Praça Visconde de Pelotas, entre as ruas Gonçalves Ledo e Nogueira Acioli, onde permanece até hoje.
23 de outubro de 2022 às 14:00