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O SENAI Ceará marcou presença na ExpoCariri 2025, em Barbalha (CE). Durante o evento, a instituição apresentou o processo de pedido de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO) para o Algodão do Cariri cearense, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Este é um marco que pode consolidar a região como referência nacional na produção de algodão sustentável e de alta qualidade.

A iniciativa é conduzida pela Unidade de Inovação e Tecnologia do SENAI (UNITEC), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Ceará), o Sebrae Ceará e a Embrapa Algodão. O pedido de reconhecimento formal é representado pela Associação dos Produtores de Algodão do Cariri (APACE).

Atualmente, o Ceará conta com apenas uma Denominação de Origem reconhecida pelo INPI: o Camarão da Costa Negra, da região do Acaraú. O Algodão do Cariri pode se tornar a segunda D.O. do estado, com estudos que demonstram a influência do meio (solo, clima e saber-fazer local) na qualidade da fibra longa característica da produção caririense.

Segundo Ronara Marques, Especialista em Propriedade Intelectual e Coordenadora do processo de pedido da IG, o trabalho é fruto de um esforço técnico e colaborativo entre instituições e produtores.

“Estamos realizando um processo cuidadoso de comprovação da influência do meio na qualidade do algodão, por meio de estudos técnicos, análises laboratoriais e registros históricos. A Denominação de Origem é mais do que um selo, é o reconhecimento da identidade, da tradição e da excelência de uma cadeia produtiva construída por gerações no Cariri cearense”, destacou.

Com o avanço do processo, o Cariri cearense se posiciona como um território de excelência na produção de algodão, unindo tradição, inovação e sustentabilidade em um produto de alto valor agregado.

Realizada entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, a ExpoCariri reuniu mais de 50 mil visitantes e movimentou cerca de R$ 30 milhões em negócios, consolidando-se como um dos principais eventos do agronegócio nordestino. A participação do SENAI Ceará reforçou a importância da propriedade intelectual e da valorização da origem dos produtos como estratégias para o desenvolvimento regional e o fortalecimento da competitividade no campo.

4 de novembro de 2025 às 17:00